sábado, 9 de abril de 2011

Quadros do projeto "O Aleijadinho Pop" agora são perpétuos na Igreja Nossa Senhora da Conceição na Gávea no Rio de Janeiro.


Quadros do projeto "O Aleijadinho Pop" agora são perpétuos na Igreja Nossa Senhora da Conceição na rua Marquês de São Vicente, 19 na Gávea, Rio de Janeiro. A solenidade de recebimento contou com a presença dos paroquianos, de vários sacerdotes, professores da PUC Rio, convidados da artista e do reverendíssimo Arcebispo do Estado do Rio de Janeiro D. Orani João Tempesta.

Rua Marquês de São Vicente, 19. Em frente ao Shopping da Gávea
Fachada da secular Igreja Nossa Senhora da Conceição no bairro da Gávea,
Rio de Janeiro.
 
 A Igreja Nossa Senhora da Conceição tem sua arquitetura no estilo barroco tardio. Em 1935, a igreja pegou fogo e todo seu interior foi consumido, exeto a imagem de Nossa senhora da Conceição, que ficou praticamente intacta.Desta forma, excluindo a fachada, a igreja hoje é moderna.
Antonio Francisco Lisboa, o "Aleijadinho", é o patrono da arte no Brasil. Ele viveu em Minas Gerais no século XVIII, periodo barroco. Germain Bazin, crítico de arte e conservador do Museu do Louvre, na década de 60 o denominou “Michelangelo dos Trópicos”.
Em "O Aleijadinho Pop", título extraído do texto crítico assinado pela Dra. Myrian Andrade Ribeiro de Oliveira, Simone Ribeiro, multiplica de sete para quatorze a Via Crucis do mestre Aleijadinho, que conta com sete cenas e 66 figuras em cedro, instaladas em seis capelas no santuário de Nosso Senhor Bom Jesus de Matosinhos,em Congonhas, MG. 
As Sete Cenas da Paixão de Cristo transformadas em 14: “Em minha obra,elas foram desmembradas, mudadas de ângulo e acrescentadas por outras obras do mestre que estão nas demais cidades.Deste modo, cheguei a cenas que não foram representadas por Aleijadinho em Congonhas,sendo estas: 'Agonia no Monte das Oliveiras', 'Jesus consola as mulheres de Jerusalém', 'Bom ladrão e mau ladrão', 'Jesus morre na Cruz', 'Descimento da Cruz”, 'Ressurreição' e 'Ascensão ao céu' ”.diz Simone.
O Pároco, Pe. João Geraldo M. Bellocchio abriu e presidiu a solenidade. Em sua fala, cita a alegria da comunidade paroquiana em receber as obras que estão diretamente vinculadas por seu estilo, embora contemporâneo, ao barroco, estilo original da igreja. Fez ainda uma analogia ante a coincidência do fato de que Antonio Francisco Lisboa se encontra sepultado na Igreja Nossa Senhora da Conceição em Ouro Preto, e que as obras de Simone Ribeiro, agora perpetuadas na Igreja Nossa Senhora da Conceição, na Gávea, Rio de Janeiro remetem diretamente a "Aleijadinho".
Pe. Geraldo convida para fazer uso da palavra a artista Simone Ribeiro, que muito emocionada lê o seu discurso.  




Íntegra do discurso: Hoje, para mim se encerra um ciclo de trabalho iniciado na quaresma de 2008, período de concepção da primeira fase das obras aqui expostas; que a partir desta solenidade deixam de ser obras de arte e se tornam objetos de devoção.
Como profissional das artes plásticas, elas me deram tudo o que se possa almejar : três exposições e um livro, patrocinado pela prefeitura de Congonhas, cidade patrimônio cultural da humanidade tombada pela UNESCO. Chancelado por museus, prefaciado por autoridades, mestres e doutores ligados ao patrimônio histórico. Estava cumprida a trajetória do despretensioso projeto que surgiu de uma promessa particular, só agora admitida para maior glória de Deus.
É preciso crer e entregar, disso sou testemunha.
Num momento de "apagão-artístico" debrucei sobre a bíblia e livros sobre a obra do mestre Aleijadinho. Momento delicado aquele da recente polêmica trazida por um filme e livro que se tornara Best-seller. Uma ficção leviana, embora bem costurada de autoria do escritor Dan Brown, que excitava a mídia, alardeando  dúvidas e descrença. Naquele momento, a licença de multiplicar de sete para quatorze as cenas esculpidas pelo mestre Aleijadinho trouxe desconfiança a primeira vista, quando submeti o projeto aos especialistas da área. Desconfiança esta que caiu diante de minha atitude reverente, na paciência e convicção de quem mergulhou na história e na fé para exercitar de forma dramática e pujante, a virtude nata, ao transferir para a superfície plana de uma tela a anatomia e expressão vigorosa do mestre Antonio Francisco Lisboa que nos emociona há três séculos.
Toda dúvida se transformou em realização, toda idéia materializou-se plasticamente esculpida em relevo neste conjunto que hoje entrego em forma de doação a esta casa de Deus.
A todos que acreditaram neste trabalho a minha gratidão. 
Duas peças musicais para órgão de fole foram apresentadas e duas interpretadas pelo coral;todas remetiam ao período colonial.


O reverendíssimo Arcebispo do Estado do Rio de Janeiro,                 
D. Orani João Tempesta, discursou frisando a importância contemporânea do uso da beleza para a evangelização e, ao longo dos séculos, da igreja católica na inspiração, no desenvolvimento e mecenato da criação artística.Sua evolução, preservação e acesso público. Afirmou que Simone Ribeiro, com sua linguagem, pessoal e contemporânea,  agora entrará para o Hall destes artistas. Ao final, deu a sua benção a todos os presentes, às obras e à família da artista.

D. Orani João Tempesta e a artista Simone Ribeiro fizeram o descerramento da placa de bronze que homenageia a pintora e os intervenientes da doação Srs. Celso Aguiar e Stelio Teixeira. 
O Sr. Celso Aguiar, empresário, colecionador de arte e paroquiano da igreja N.Sra. da Conceição, numa conversa com o renomado restaurador Stelio Teixeira, a quem Simone Ribeiro nutre grande respeito e o havia presenteado com seu segundo livro: "O Aleijadinho Pop",  recebe a notícia de que a artista, cumprindo uma promessa iria doar todos os quadros do livro para uma igreja, porém não havendo se decidido ainda sobre qual . Celso pede ajuda ao Pe. Geraldo para indicar uma paróquia. O padre pede fotos dos quadros mas recebe de Celso um livro no qual pode contemplar as obras e imediatamente decidir a paroquia é a nossa.

Para Simone Ribeiro foi uma honra ter sido indicada pelo Sr. Stelio Teixeira, que ao lado de seu irmão Claúdio Valerio Teixeira, faz parte do Hall dos grandes conhecedores de arte e maiores restauradores do Brasil, sendo filho do imortal Oswaldo Teixeira, fundador do Museu Nacional de Belas Artes.
Celso Aguiar, D. Orani, Stelio Teixeira e Simone Ribeiro.


O livro, “O Aleijadinho Pop”, foi publicado em 2009, com o apoio da Gerência Regional do Ministério da Fazenda de Minas Gerais, Museu Casa dos Contos – Centro de Estudos do Ciclo do Ouro, Museu do Aleijadinho, Sistema de Museus de Ouro Preto, Ministério da Fazenda, Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais e Prefeitura de Congonhas, patrocinadora do projeto. O livro tem organização e apresentação de Eugênio Ferraz, textos de Myriam Ribeiro (membro do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Anderson Cabido (prefeito de Congonhas), Marcos Paulo de Souza Miranda (coordenador auxiliar das promotorias de Defesa do Patrimônio Cultural, Histórico e Turístico de Minas Gerais), Maurício Pontual (marchand), Dom Barroso (bispo emérito de Mariana e fundador do Museu Aleijadinho em Ouro Preto) e Ivanise Junqueira (pesquisadora, paleografa e ensaísta).

Após a solenidade,os convidados seguiram para o salão anexo a Igreja onde foi servido um fino coquetel.

Simone e seu Pai,Antonio Ribeiro
Simone com seu Pai e sua mãe Olga Ribeiro da Cruz
Simone e Pe. Geraldo
Com os grandes amigos e artistas 
Martinolli e Nilton Mendonça
Autores de meu primeiro livro: "Barrocão"
Cel. Iguamir Marçal e a Prof. Neide Annarumma 
Padre Allann Amaral, Celso e amigos
Com os amigos Carla Picasso e Dr. Avelino
O arquiteto Ricardo Steimback, Cel. Marçal, o designer Leandro Cândido e Roberto Saad
O empresário Paulo e esposa
O talentoso organista.

domingo, 27 de março de 2011

Comenda Ambiental Estância Hidrominieral de São Lourenço


São Lourenço, a capital brasileira do meio ambiente

Da gravura e da artista.

SIMONE RIBEIRO, a convite de Ivanise Junqueira e Eugênio Ferraz, idealizadora e chanceler da comenda ambiental, desenvolveu a imagem símbolo deste evento com técnica de aquarela, devido a leveza e suavidade que o tema pedia. A composição foca tranqüilidade,  qualidade de vida e destaca os dois monumentos símbolos de São Lourenço, o Balneário e sua fonte mais importante a Fonte Vichy. Tudo se integra ao lago e as mais variadas gamas tonais de verde. A proposta foi criar uma imagem que transmitisse a riqueza natural do local mas também a importância e os benefícios alcançados por meio da consciência ambiental. Da aquarela foi criada uma série limitada de cento e quarenta gravuras que foram presenteadas aos agraciados do evento. Esta imagem também foi utilizada para ilustrar todas as peças gráficas e publicitárias, dentre elas, a pasta, o luxuoso estojo da comenda, o site do evento, placas e outdoors e uma enorme reprodução, medindo aproximadamente 10 x 7 metros, impressa em altíssima resolução e utilizada como cenário no fundo de palco principal de onde o governador Antonio Anastasia presidiu, no domingo (20), a entrega da primeira edição da Comenda Ambiental Estância Hidrominieral de São Lourenço – a Medalha da Água. Após ser agraciado com a medalha, o governador parabenizou a iniciativa que estimula a conscientização da sociedade pela necessidade da preservação do meio ambiente, garantiu o apoio e o empenho de seu governo e lançou São Lourenço como “a capital brasileira do meio ambiente”.

A solenidade reuniu autoridades civis e militares dos governos federal, estadual e municipal, além de artistas, empresários e políticos, agraciados com a comenda, convidados e a população que pode assistir e participar da cerimônia ao ar livre, na estrutura montada na frente do Parque das Águas, na Praça João Lage (Brasil). Em seu pronunciamento, Antonio Anastasia, destacou a importância da preservação dos mananciais de Minas Gerais, estado considerado a caixa d´água do Brasil. “Minas tem aquilo que hoje é muito importante para a humanidade: recursos hídricos. Somos a caixa d’água porque aqui nascem os principais rios do Brasil, fora os da Bacia Amazônica. Na realidade, Minas tem uma grande responsabilidade para com o Brasil, que é a manutenção desses mananciais em boa qualidade”, E complementou “a partir de hoje São Lourenço é a capital brasileira do meio ambiente".








São Lourenço como seus municípios vizinhos, no sul de Minas, nasceu e se desenvolveu em função das águas minerais que brotam em inúmeras nascentes. O objetivo do evento é homenagear anualmente cidadãos mineiros, brasileiros e estrangeiros que se destacaram com ações em prol da disseminação, incentivo, apoio e divulgação das atividades relacionadas ao Turismo, à Preservação Ecológica e Ambiental. A condecoração acontecerá sempre na semana que se comemora o Dia Mundial da Água. O Chanceler da Medalha, que preside o comitê, para a escolha dos nomes a serem homenageados é o superintendente do Ministério da Fazenda em Minas Gerais, Eugênio Ferraz.





















sábado, 23 de janeiro de 2010

Exposição Aleijadinho Pop na ONU em Nova Iorque

Agora contamos com os amigos para divulgar, afim de que seja vista, esta importante exposição que está acontecendo no Palácio das Artes e que trará a tona o Barroco, elevando nossa auto estima e divulgando nossa arte no exterior.

O Gerente Regional do Ministério da Fazenda em Minas Gerais, Eugenio Ferraz e o Prefeito de Congonhas, Anderson Cabido, acabam de retornar o aceite da carta convite do Sr. Wagner Santiago, Presidente da Sociedade da Língua Portuguesa da ONU, convidando o evento "O Aleijadinho Pop" para ser exposto na sede das Nações Unidas de Nova Iorque.

A exposição, destaque de 2009 em Minas Gerais, certamente será evidência em Nova Iorque. Para tal foi preparada uma versão do Livro "O Aleijadinho Pop" que será distribuída a 192 Estados-membros das Nações Unidas. Contará com assessoria de imprensa própria e ainda se utilizará da TV ONU e das agências da ONU que difundirão o evento para o mundo todo. A divulgação vai se focar num comparativo entre o barroco contemporâneo da obra de Simone Ribeiro e a riqueza do barroco tardio brasileiro, em especial da monumental obra de Aleijadinho, o "Michelangelo dos trópicos" e "Patrono das Artes no Brasil". A tendência é que se evidencie Minas Gerais com ênfase para o receptivo de turismo internacional, em especial Congonhas, Ouro Preto, cidades históricas e até mesmo São Lourenço, estância hidromineral, cidade natal da artista.

No Brasil a exposição “O Aleijadinho Pop”, da artista plástica Simone Ribeiro, foi lançada no Museu Casa dos Contos de Ouro Preto, quando da abertura da 32 Semana Aleijadinho, onde encantou milhares de visitantes entre 13 de novembro e 13 dezembro. Em seguida foi aberta oficialmente pelo Vice-Governador do Estado de Minas Gerais, Antonio Augusto Junho Anastasia, dia 17 de dezembro, no Palácio das Artes em Belo Horizonte, onde segue até dia 21 de fevereiro e no dia 01 de março segue para Nova Iorque.

Trata-se de uma impressionante exposição, onde a artista propõe uma reflexão religiosa, histórica e estética a respeito da Via Sacra. O conjunto de Simone Ribeiro fundamentado em estudos históricos, estilísticos e bíblicos, multiplica de sete para quatorze as cenas do monumental conjunto dos Passos do Santuário do Senhor do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas. Existem suposições que o grande mestre Aleijadinho não terminou o conjunto e que outras sete cenas ainda seriam esculpidas e ficariam, possivelmente, atrás da igreja.

Sabedora que toda Via Sacra se faz múltipla do número sete, Simone Ribeiro buscou acrescentar em cenas inéditas, associando esculturas ou conjuntos de Aleijadinho expostos em outros locais. Exemplo é a Nossa Senhora das Dores, do Museu de Arte Sacra de São Paulo que foi acrescentada por Simone ao também reinventado grupo do calvário. Existem ainda cenas inéditas criadas pela artista com base nos escrituras, mas mantendo o estilo, os traços e os cacoetes de Aleijadinho. Nas obras desta exposição Simone suprimiu as três quedas de Jesus por não constarem nos evangelhos.

Simone Ribeiro define seu coloridíssimo estilo como "Barrocão", uma espécie de barroco renovado, contemporâneo , legível e popular. Suas pinturas são esculturadas por meio de uma técnica inédita que lhe permite intenso movimento e dinamismo, gerando assim acréscimos emocionais fortíssimos que são, sensorialmente, captados e absorvidos pelo espectador. Cada pessoa percebe de uma maneira. "A criação está na tela, a arte em quem vê".

Nesta exposição tão chocante, carregada de emoções e conceitos proporciona um acompanhamento elucidativo mais preciso ao expectador através do livro, “O Aleijadinho Pop” . A edição é assinada por sete expressivos nomes ligados as artes e ao patrimônio histórico: Eugênio Ferraz, Myriam Ribeiro Andrade de Oliveira, Anderson Cabido, Marcos Paulo de Souza Miranda, Maurício Pontual, Dom Francisco Barroso Filho e Ivanise Junqueira, sendo a publicação patrocinada pela Prefeitura de Congonhas.

Alexandre Paiva Frade
Fachada do Palácio das Artes - BH

Anderson Cabido - Prefeito de Congonhas - MG
A exposição

Anderson Cabido, Prefeito de Congonhas, a escritora Ivanise Junqueira, O gerente do Ministério da Fazenda em Minas Gerais, Eugênio Ferraz, O Vice Governador de Minas Gerais Antonio Augusto Junho Anastasia, a Presidenta da Fundação Clovis Salgado Eliane Parreiras, Simone Ribeiro e Marcos Paulo S. Miranda Promotor de Justiça, Coordenador das Promotorias de defesa do Patrimonio Historico do Ministério Público de Minas Gerais.

Vice Governador de Minas Gerais Antonio Augusto Junho Anastasia
Vereadores de São Lourenço - MG prestigiam o evento
Simone Ribeiro recebe Yara Tupinambá